Constantemente temos conhecimento de situações de preconceito sofrido por profissionais acima dos 40 anos, como se houvesse uma idade limite para estar no mercado de trabalho, fazer uma transição de carreira ou iniciar uma nova faculdade. Como se aos 40 anos já estivéssemos velhos!
Para os jovens que pretendem viver por muito tempo e continuar no mercado de trabalho, é preciso começar a falar sobre o etarismo agora!
Esse tema já é discutido nos EUA há muitos anos. Recentemente, começaram um projeto em escolas de Nova York com aulas sobre etarismo para o ensino médio com objetivo de promover consciência sobre o preconceito e possibilitar, entre os alunos, a compreensão dos efeitos dessa prática.
Em 2021, a Organização das Nações Unidas lançou a Campanha Global de Combate ao Etarismo, oportunidade em que ofereceu inúmeros dados relevantes como a natureza, as determinantes, a escala e o impacto do etarismo contra as pessoas mais velhas.
A perpetuação do preconceito etário pode ser altamente prejudicial para uma sociedade que envelhece mais e mais a cada dia.
Até 2050, projeções apontam que o mundo terá mais idosos do que jovens. Por isso, é importante que o mercado se atente à movimentação dos profissionais de 40, 50, 60+.
Pesquisa realizada em 2021 pelo InfoJobs já mostrava que 70% dos profissionais acima dos 40 anos já sofreram preconceito por causa da idade.
Essa mesma pesquisa mostrou que 27,1% dos entrevistados acreditam que é preciso estar mais atualizado para competir com as novas gerações e 68,4% alegam que muitas vezes nem isso é suficiente para garantir um emprego.
Os participantes da pesquisa destacaram também as características que fazem o profissional com mais de 40 anos se destacar no mercado:
– 25,9% dizem que o comprometimento é a principal razão.
– 18,1% enfatizam o tempo de experiência e capacidade de adaptação.
– Inteligência emocional, resiliência, postura empreendedora e perfil de gestão foram as outras características destacadas.
Diversificar um ambiente de trabalho possibilita a troca de ideias, experiências, equilíbrio entre a maturidade e o imediatismo do jovem, impactando de forma positiva o resultado da equipe e crescimento da empresa. E isso vale para idade, raça, gênero.
As empresas precisam estruturar equipes com indivíduos atemporais, abertos a mudanças de carreira, ao desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos, ousadas, que gostam de correr riscos e têm a mente aberta, sem considerar seu ano de nascimento.
Retirar os filtros dos processos seletivos que rotulam os profissionais, pensar somente nas competências técnicas e comportamentais é o que realmente importa em um processo seletivo.